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Bolo funcional de banana e alfarroba

Estou mesmo feliz em poder partilhar convosco uma receita que nasceu de uma mistura inusitada de ingredientes que fui encontrando na minha dispensa. A ideia era fazer uma bolo que não levasse nenhum tipo de grão. E, por isto, o desafio era grande.  Sim, deve haver montes de receitas destas espalhadas pela Internet, mas sempre há um ingrediente ou outro que nos falta. E vocês sabem, não é? Sou mesmo dada às experiências culinárias. Penso que aprendemos imenso, sobretudo quando falhamos. É claro que não tem graça nenhuma errar e quando usamos ingredientes que não são propriamente baratos é bastante aborrecido.  Não é o caso desta receita, pois exceto a farinha de amêndoa, os demos ingredientes têm preços bem acessíveis. A primeira coisa quando pensamos em fazer um bolo sem grãos é saber a proveniência da farinha que estamos a usar.  Como é óbvio, usei a farinha de alfarroba, que é obtida através da moagem das vagens de alfarroba e tem um sabor muito aproximado ao do cho
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Uma massa, duas tartes

Com recheio de cogumelos, brócolo e tomates secos Sou daquelas que pensa que coisas boas podem e devem ser divulgadas. Acho muita piada naquelas senhoras que não passam a receita por nada. Eu passo sempre. A minha avó materna, que era uma pessoa muitíssimo interessante, para além de muito amada, cozinhava bolos deliciosos, mas a receita... ah esta era guardada a sete chaves. Recordo-me que a minha avó, quando não estava deitada numa rede a ler, ocupava-se na cozinha, sempre a fazer alguma coisa gostosa. Ninguém fazia cukas (um bolo de origem alemã; Strueselkuchen ) como ela. Às vezes simples, à vezes com banana. Naquela altura eu pedia-lhe para retirar as bananas. Adorava aquele crumble (streusel ) de farinha, açúcar e canela que se formava por cima do bolo. Ainda hoje posso sentir o cheiro do bolo. Quantas vezes o comi, no lanche da tarde, acompanhado por uma chávena de leite com café quentinhos. A minha tia deve ter ficado com a receita. Hei de lha pedir qualquer dia destes. Ma

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os miúdos ficam ond

Pizza de couve-flor low-carb e sem glúten

Há muito tempo que a couve-flor deixou de ser uma simples hortaliça para se transformar num coringa na cozinha. De sabor neutro e delicado e com apenas 25 calorias para cada 100g, a couve-flor pode ser uma excelente aliada para quem quer ou precisa de alterar a dieta, mas não quer abrir mão dos prazeres que a comida pode oferecer.  Quando a gente cozinha sem glúten, na verdade, nós não estamos apenas a retirar uma proteína do trigo a quem alegadamente é conferida a culpa pelos quilinhos extras (crenças!), mas estamos a fazer uma comida inclusiva. Estamos a permitir que ela possa ser apreciada por todos.  É igual quando tentamos retirar o ovo ou leite a uma receita tradicional. O que nem sempre numa dieta normal é fácil, sobretudo para quem, como eu, foi acostumada a ter este tipo de alimentos à mesa. Por uma questão cultural e também económica, não passa pela cabeça de ninguém alterar a nossa dieta por um motivo que não seja a perda de peso. Mas não precisa de ser assim. Mas, co

Puré de batata-doce e inhame

Gente normal escolhe primeiro o prato principal e, depois, os acompanhamentos. Mas eu hoje sai da normalidade e decidi que iria fazer um puré de inhame. Este tubérculo é maravilhoso, está cheio de nutrientes e é super versátil, pois o seu sabor é praticamente neutro. De puré a leite vegetal, de molho branco a pão, para além de sopas deliciosas, é possível fazer quase tudo com ele. Para além de energético e fonte de vitaminas do complexo B, o inhame (conhecido também, como cará) ajuda a controlar alguns sintomas da TPM. Entretanto, me apercebi que o meu filhote poderia estranhar um puré de um turbérculo novo na sua dieta e adiconei  também batata-doce à receita, que ele ama! Para fazer o puré (2 porções) vamos precisar de: Ingredientes 1 inhame pequeno (95 g) 1 batata-doce branca média (240 g) 1/4 de copo de água 1 pitada de sal (usei sal rosa) 1/2 dente de alho 1 colher de sopa de azeite. Como fazer: 1- Limpe bem o inhame, descasque e o coloque para ferver durante 30 m

Bolo "express" de biomassa de banana verde

Eu sempre li e ouvi coisas sobre os benefícios da biomassa de banana verde. Mas nunca me interessei realmente por ela. Mas ontem, ao assistir um vídeo no Youtube percebi que esta pasta de banana verde realmente pode fazer milagres pelo nosso organismo.  Isto porque a biomassa de banana verde possui uma grande quantidade de amido resistente. O que é o amido resistente? É aquele amido que o organismo não absorve na digestão. O nosso intestino agradece. Por isto, a biomassa de banana verde é muito importante para quem quer manter uma dieta equilibrada ou até mesmo emagrecer, que é o meu caso. Existem pelo menos três tipos de amido resistente. As suas características biofisiológicas vêm  sendo estudado desde a década de 80. Na verdade, não é só a biomassa de banana verde que possui amido resistente. Outros alimentos também o tem como, por exemplo, a aveia, a batata, o arroz e algumas leguminosas. Todos estes alimentos precisam de ser cozidos e resfriados para que o amido resistente se

Cupcakes de cenoura (sem gluten e sem lactose)

Tenho andado sumida do blog. É verdade. As poucas receitas que tenho testado, as tenho postado diretamente na página do Foi p´ra panela, no Facebook, ou no @foiprapanela, no Instagram. Há  muitos motivos para eu deixar de postar, mas, entre eles, está o fato de eu estar sem máquina fotográfica e não conseguir fotografar os pratos de um modo minimamente descente. O telemóvel deixa muito a desejar. Quero dizer, o meu telemóvel. Outro motivo bastante forte é o fato de eu ter insistido durante o último mês em comer apenas saladas. Sim, uma variedade de legumes e frutos, normalmente crus, colocados no prato sem nenhum critério. Ou melhor, o meu único critério era que o resultado da combinação dos alimentos lembrasse um arco-íris. Não na ordem das cores. Mas no número. Hoje, no entanto, uma sexta-feira chuvosa, apeteceu-me um bolo de cenoura. Mas como vocês sabem, não podia ser qualquer bolo de cenoura. Daí que eu resolvi improvisar na forma e no conteúdo e, sem falsa modéstia, o resultado