Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2016

Barrinhas energéticas (Paleo)

Toda a gente sabe que uma porção de noz por dia faz bem e que há montes de nutrientes envolvidos. Essas oleaginosas carregam também gorduras boas que fazem bem ao nosso coração, para além do fato de ajudar na saciedade. Ainda que estas propriedades nutricionais não fossem suficientes para me convencer, eu estou convicta de que, no sabor, elas superam qualquer receita de barrinhas que eu já postei aqui no blog. Claro que, para variar um bocado, vamos fazendo uma e outra.  O nome "Páleo", em princípio assusta, mas ele só está aqui para dizer que esta barrinha não leva nenhum tipo de grão. Os seguidores desta dieta resolveram retirar os grãos da sua alimentação diária, por motivos que a eles fazem imenso sentido. Não é o meu caso. Eu apenas testo receitas que eu acredito podem agradar o paladar de inúmeras pessoas, não importando o tipo de dieta que sigam. Para além de Páleo estas barras também são veganas, ou seja, não foi utilizada nesta receita nenhum ingrediente de or

Dip de feijão branco

Hoje eu testei um dip diferente. Preparei um dip de feijão branco. Uma receita fácil e bem clean, de autoria de Ellie Krieger, uma respeitada dieticista que, com seus pratos, ajuda as pessoas a comerem de maneira saudável. O feijão branco é rico em proteína e, quando consumido cru auxilia no processo de emagrecimento. Não é o nosso caso nesta receita. Mas o que interessa, aqui, é que é um antepasto bem saboroso. Esta pasta feita com feijão é muito fácil de preparar e é tão boa quanto o hummus de grãos que eu costumo fazer e que eu já postei aqui a receita. O melhor deste dip é que não precisamos de nenhum ingrediente esquisito, ou seja, conseguimos fazê-lo com o que temos habitualmente na despensa de casa. No caso do hummus, por exemplo, penso que não é toda a gente que tem tahini em casa ou mesmo que esteja familiarizado com o sabor intenso a sésamo. Para fazer este dip, vamos precisar dos seguintes ingredientes: 200 g de feijão branco cozido e escorrido; 1 dente de alho (p

Pipoca com caramelo de coco

Se você é mãe sabe bem o que é ter os filhos em casa o dia todo. Sim, ontem não houve aula e eu fui mãe a tempo inteiro e integral, com tudo o que isto inclui: trabalhos, brincadeiras, atenção reforçada (muita atenção) comidas à sério e guloseimas! Quando não há aulas, não sobra tempo para mais nada. Eu sou toda dele, mesmo quando temos amiguinhos cá em casa. Mas isto não é nenhum sacrifício. Pelo contrário. A minha maior tarefa era evitar que ele ficasse no computador o dia todo e isto implica alguma imaginação. A ideia foi transformar a sala em cinema e vermos, todos, um filme, com direito à pipoca-doce e tudo! As pipocas de cinema são muito fáceis de preparar. Sim, estas pipocas levam açúcar e muito! Mas são bem mais saudáveis que aquelas que compramos nos cinemas. Nem queiram imaginar como aquelas "delícias" (confesso, adoro!) são feitas. Eu desconfio que toda a gente sabe fazer pipocas, então, deixo ficar aqui apenas a receita do caramelo de leite de coco. N

Fudge proteico de coco (três ingredientes!)

Eu não me canso de experimentar. E esta foi mais uma daquelas minhas aventuras que deu super certo e, por isto mesmo, estou a partilhar aqui no blog. Como eu gosto de variar nas pastas vegetais que utilizo no dia-a-dia, outro dia, resolvi reduzir a dose de coco ralado na confecção da minha manteiga de coco. Claro que, com a pouca quantidade de coco, estava a demorar horas até que o conteúdo se desfizesse em manteiga e eu tinha que abrir o copo da varinha mágica a toda hora, para limpar-lhe as paredes. Cheguei a conclusão que, para fazer a manteiga é preciso usar, no mínimo, coco suficiente para cobrir a lâmina do processador. Então, para acelerar este processo, eu coloquei mais coco no processador e consegui uma textura incrível, mas não aquela de manteiga que eu desejava. Para não desperdiçar o coco que estava dentro do copo, eu juntei mais dois ingredientes que eu tinha na minha dispensa e transformei uma manteiga mal amanhada num fudge proteico delicioso. O fudge é um doce

Bolo de banana com flocos de aveia integral

Criei coragem e comprei xylitol. Sim, aquele açúcar que não é açúcar (chama-se poliól) e que tem 40% menos calorias que o conhecido açúcar de cana. A minha vontade de experimentar foi maior que o meu receio, no que ao sabor diz respeito. Xylitol é um nome horrível. Parece nome de antibiótico. Do tipo que a gente toma quanto tem o ouvido inflamado: "seis gotinhas de xylitol, a cada doze horas". Brincadeiras à parte, resolvi fazer o teste. Escolhi uma receita básica, mas que pudesse disfarçar o sabor. Tive mesmo medo de desperdiçar a receita toda. Mas, ao fim, correu mesmo bem. O único incoveniente do xylitol é o preço. Também resolvi improvisar na massa e, no lugar de usar farinha de aveia, que tem sido a minha queridinha nos bolos, usei aveia integral em flocos. O resultado foi um bolo bem mais "molhadinho" já que os flocos não absorvem tanta a humidade como a farinha. Ingredientes: 3 bananas maduras; 3 ovos médios; 1/2 copo de xylitol; 1/2 copo de açúcar

Papa de aveia com leite de amêndoas, rosas e pistáchios

Já tinha saudades dos sabores doces e do perfume do oriente no meu prato. Esta papa de aveia foi inspirada no arroz-doce com rosas e pistácios assinado pela equipa de Yotam Ottolenghi. E, por isto, não é uma papa qualquer. Otttolenghi é uma referência para mim. Quem segue o blogue desde o início ou andou por outras páginas deste meu diário culinário, já encontrou por aqui diversas receitas em que este chef israelita, radicado em Londres, serviu-me de inspiração. Outro dia, folhando o livro Jerusalém, que ele escreveu com outro mestre Sami Tamimi, encontrei por lá a tal receita de arroz-doce e, os meus olhinhos devem ter brilhado só de ler o título. Achei tão romântica a ideia que decidi converter aquela sobremesa num prato saudável para comer de manhã. Podem me chamar cafona e piegas, mas hoje eu quis assumir o meu lado romântico e preparar um pequeno-almoço simples, mas muito charmoso. Ingredientes: 30 g de aveia em flocos; 250 ml de leite de amêndoas; 1/2 maçã 1 colher d

Pão de cerveja

A receita de hoje caiu-me nas mãos de surpresa. Andava eu nas compras, ontem à tarde, e fui surpreendida na área dos produtos biológicos por uma colega do ginásio que já não via há algum tempo. Ela procurava farinha e eu, inspiração. Como ela também tem uma página no Facebook (@patereceitas) com receitas maravilhosas, foi natural que falássemos das nossas últimas empreitadas na cozinha. Enquanto eu lhe indicava os locais para se pagar menos pelo mesmo produto, ela mostrou-me fotografias das suas criações culinárias. Falou-me do pão de cerveja que tinha feito no dia anterior e eu apaixonei-me só de ouvir o nome. Não teve jeito. Pedi a receita. E ela, não só me enviou a receita, como permitiu que eu a partilhasse, se gostasse. E aqui está! Eu fiz na Bimby e achei fácil o preparo, mas vou deixar ficar a opção sem a Bimby, porque acredito que, assim, mais pessoas possam fazer este pão em casa. Ingredientes: 300 ml de cerveja; 100 g de farinha de soja; 200 g de farinha de espelta

Arroz ao forno "low-carb" e bechamel de aveia

Eu nunca esperei escrever uma receita, de minha autoria, que tivesse a palavra "low-carb" no título. Mas o uso desta expressão tem sido mais comum do que o previsto. Não pensem vocês que os carboidratos incomodam-me. Não. Os carboidratos estão sempre muito presentes na minha dieta. Mas, para aqueles dias em que a gente abusa, pode sempre balancear com uma receita como esta que eu preparei para o jantar de hoje. Na verdade, esta é mais uma daquelas receitas para enganar o cérebro. Porque o arroz de forno para ser baixo em hidratos de carbono não pode ser realmente arroz. Certo? Sim, trata-se de couve-flor. Isto mesmo, couve-flor transformada em arroz. Cada 100 g de couve-flor tem apenas 5 g de carboidratos e apenas 25 calorias. Já o arroz branco cozido possui 28 g de carboidrato e 130 calorias pelas mesmas 100 g de alimento. Eu já postei uma receita de arroz feito com couve-flor, mas desta vez o método é ligeiramente diferente do primeiro. E não é só o arroz qu

Hummus de abóbora

Sabe aquela abóbora assustadora que enfeitou a mesa no Halloween (porque já que é para celebrar alguma coisa, que seja em condições)? Então, virou uma maravilha de hummus, para comer sozinho ou com acompanhamentos, seja com palitos de legumes, crackers ou tostas...Enfim, o que interessa é evitar o desperdício. O processo é exatamente o mesmo que  a gente utiliza para o Hummus express normal. Cozemos o grão-de-bico e, neste caso, a abóbora também, e depois desfazemos em puré, com os temperos necessários para aromatizar e, claro, tahini. Aliás esta pasta de sésamo/gergelim, tornou-se na minha perdição. Para além de deixar um travo semi-amargo, que ajuda a balancear todos os outros sabores, o tahini tem um alto potencial nutritivo. O tahini é muito utilizado em países do médio-oriente, mas também está presente em pratos gregos, macedónios, cipriotas. Esta deliciosa fonte de proteína vegetal, rica em cálcio e vitaminas do complexo B, apresenta sabores variados, conforme a sua orig

Leite condensado sem açúcar (com brigadeiro de colher vegano)

Sabe aqueles dias em que só uma lata de leite condensado salva? Pois é. Eu encontro-me exatamente aí. Por isto resolvi testar uma receita de leite condensado vegetal, ou seja, sem leite. Na verdade, mais uma daquelas receitas para enganar o cérebro. Porque, leite condensado mesmo, nada mais é que leite com açúcar, muito açúcar. O problema é que, quando fui ler a receita, fiquei surpreendida com a quantidade de açúcar branco refinado que era necessária para executar a receita. E, adivinha o que eu fiz? Ora nem mais: alterei a receita toda e funcionou. E, não contente em apenas comer uma colherada do meu leite condensado saudável e sem açúcar refinado eu ainda fiz um brigadeiro de colher muito saboroso. Fiz o leite condensado da maneira mais rudimentar possível. Utilizei, lá está, o microondas e a varinha mágica. Mas se você tiver um liquidicador potente, como pedia a receita original , é possível que obtenha ainda melhores resultados. Apesar de não levar açúcar nem leite (é muito

Bombons recheados com manteiga de amendoim

Eu não costumo fazer doces para o Halloween. Durante muito tempo, aliás, eu achei que não fazia sentido celebrar esta data. Coisa criada pelos norte-americanos.  No meu tempo não havia nada disto. Mudei de ideias nos últimos anos. Comecei a achar piada ver o meu filho pequenino a vestir uma fatiota assustadora e ir pedir doces pelas casas  da vizinhança. Trick or Treat, aqui transformado em "Doçuras ou Travessuras! Entretanto, a parte dos doces continuava a me fazer alguma confusão. Uma saca cheia de guloseimas não pode fazer bem a ninguém. Ainda que os doces acabassem sendo divididos com outras crianças. Mas hoje fiz diferente: convenci-me que, afinal, um dia não são dias e pus-me a fazer bombons recheados com manteiga de amendoim. A ideia era preparar algo mais saudável, se é que isto é possível. Escolhi um chocolate com uma percentagem alta de cacau e recheei com manteiga de amendoim. Para fazer 20 bombons é preciso: 200 g de chocolate 85% cacau (mas você pode escolher

Sweet-chilli (molho agridoce de pimenta)

Outro dia, a convidada para jantar em casa de amigos, fui surpreendida com molho de pimenta agridoce a acompanhar tostinhas, queijo e vinho. Eu adoro tudo o que é picante e, por este, motivo, não me contive em perguntar como tinha sido feita aquela maravilha. Sem papel e caneta, após o jantar, eu tinha a noção perfeita dos ingredientes, mas as proporções... estas tinham sido esquecidas. No final do jantar, eles ofereceram-me uma saca cheia daquelas pimentas utilizadas para fazer o chilli. Fiquei sem graça de ligar para perguntar novamente a receita que, por distração, eu havia perdido e recorri a uma receita disponível online para o teste. Claro que fiz as minhas adaptações, mantendo as proporções indicadas. Para além de ser bem fácil de preparar, o que eu mais gosto neste tipo de molho é a sua versatilidade. Para quem gosta de sabores picantes, o sweet-chilli pode ser usado como geleia para acompanhar queijos e tostas. Quem prefere sabores levemente picantes pode adicionar

Geleia express de frutos vermelhos

Sou franca: não consigo viver sem microondas e sem a varinha mágica (mixer)! Simplesmente porque gosto de coisas práticas e rápidas. Hoje em dia, as pessoas têm pouco tempo e não o querem desperdiçar todo na cozinha. Foi-se o tempo em que para ter o leite quente, um bolo ou uma geleia saborosos era preciso gastar um bom par de horas com a barriga encostada ao fogão. Nem sempre o que é saudável e saboroso precisa de ser complicado. A geleia que eu fiz hoje é um exemplo disto. Para além do microondas e da varinha mágica, só precisamos de três ingredientes: frutos vermelhos, chia e açúcar de coco. As sementes de chia não só ajudam a dar consistência à geleia como também a torna mais nutritiva.  Ingredientes: 150 g de frutos vermelhos congelados; 1 colher de sopa de chia; 2 colheres de sopa de açúcar de coco. Como fazer: Misture todos os ingredientes e leve ao microondas por dois minutos! Com o auxílio da varinha mágica desfaça tudo em puré. Transfira para um pote de vidro e deixe

Biscoitos rendilhados de arroz

Comecei o dia na cozinha hoje. E olha que não foi a preparar o pequeno-almoço. Estive a testar uma nova receita de bolacha. Eu queria uma alternativa àquelas de bolachas de arroz que eu costumo comprar no supermercado. A primeira tentativa, a seguir uma receita que apanhei, sem querer, no Instagram, foi um pequeno desastre. Esparramaram-se no tabuleiro e colaram-se umas nas outras. Na segunda tentativa, alterei a receita toda, e separei a massa em duas porções: a primeira fornada deixei ficar tempo a mais no forno. A segunda ficou perfeita. As bolachas ficaram lindas de viver! E muito saborosas. São ótimas, para o lanche. E, num pacote bem feitinho, até dão excelentes prendas de Natal para os colegas de trabalho, professores da escola dos nossos filhos. Enfim, até para aqueles amigos chegados que merecem o nosso miminho.  Para fazer 20 bolachas médias eu usei: 1 copo de arroz tufado; 3/4 de copo de farinha de aveia; 1/4 de copo de farinha de amêndoa; 40 g ou 2 colheres

Waffle integral com açúcar de coco

Não há histórias por trás destes waffles. Apenas uma vontade imensa de me sentir feliz na primeira hora da manhã. Acordei cedo, como sempre, e pensei que poderia ter um pequeno-almoço fantástico, com waffles e geleia. E, porque não, uns frutos vermelhos, canela, agave e outras tantas coberturas boas e saudáveis. Na verdade, é bem difícil transformar guloseimas em coisas saudáveis. Nesta receita, eu troquei alguns ingredientes muito processados por outros nem tanto e resultou.  Para fazer 8 waffles médios: 1 copo de farinha integral; 1 copo de farinha de aveia; 1 colher de sopa de açúcar de coco; 1/4 de óleo vegetal; 1 ovo; 1 pitada de sal; 1 colher de chá de fermento para bolos. Como fazer: Aqueça sua máquina de fazer waffles. Entretanto, misture todos os ingredientes numa tigela e bata bem. Unte a máquina com óleo de coco ou manteiga, coloque a quantidade de massa desejada (eu usei uma colher de gelado como medida). Deixe-os dourar e sirva quente, com a cob

Tagliatelle de cenoura com parmesão de nozes

Mais uma vez, vou aplicar em minha cozinha aquela máxima de Lavoisier de que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Esta premissa vale tanto para a culinária hoje em dia. Tanta gente interessada em criar coisas novas, quando o que é bom já existe. Basta dar-lhes outros olhos. Foi assim que nasceu o meu tagliatelle de cenoura. Quando eu comecei a cortar a cenoura ao comprido, com a intenção de preparar uma salada, notei que as tiras que saiam do meu cortador assemelhavam-se à massa que conhecemos por tagliatelle. Coincidência ou não, a verdade é que, dias atrás, eu tinha visto no @patríciahelu uma receita de parmesão vegano, feito com amêndoas. Eu ainda patino na cozinha, mas sei que bem que cenoura e nozes formam um par delicioso e decidi criar, eu mesma, um parmesão de nozes. Na verdade, as proporções desta receita ainda são muito incipientes. Mas eu fiquei tão feliz com o resultado deste prato, que quis partilhar sem demoras. Nem foi pesquisar se há receitas

Pão-de-forma duas farinhas

Pelo menos uma vez por semana tenho de fazer pão em casa. Nem sempre testo uma receita nova. Na maior parte das vezes é pão integral, que não dá trabalho nenhum a fazer: farinha, água e fermento. Desta vez, no entanto, revolvi mexer só um bocadinho na receita, acrescentando farinha de centeio e algumas sementes para decorar. E não poderia ter tomado melhor decisão. A única coisa que, talvez mude, quando tiver outra oportunidade de refazer esta receita será no tamanho da forma, que parece ter ficado grande demais para a quantidade de massa. Mas o sabor e a textura ficaram impecáveis. Fiquei duplamente feliz com o resultado. O que eu mais gostei neste pão é que a crosta, apesar de resistente, não é tão dura, o que faz lembrar o pão-de-forma comum. Também gostei do miolo compacto e húmido. Ingredientes: 250 g de farinha de trigo integral; 250 g de farinha de centeio; 1 colher de chá de sal; 1 colher de chá de açúcar; 40 ml de azeite; 1 saqueta de fermento seco para pão

Snack de grão-de-bico

Amo grão-de-bico. E isto era tudo o que eu deveria dizer sobre a receita de hoje, mas não me posso ficar por aqui. O grão-de-bico tornou-se num ingrediente-coringa em minha cozinha. Transformo-o em farinha, para pães e biscoitos. Cozinho para bolos, deeps, pastas   e sopas. Sirvo-o com o bacalhau. Fica delicioso na salada, com atum, ovos e maionese de abacate. E a água do cozimento do grão-de-bico também rende uns suspiros deliciosos (pena que demasiado açucarados). Nunca, entretanto, tinha tentado assá-lo. Depois de ir ao forno e arrefecer, o grão-de-bico ganha uma capa estaladiça e sabe mesmo bem como petisco.  A minha receita foi inspirada em nada menos que o astro Mark Bittman . Autor de dezenas de livros de culinária e colunista do jornal New York Times, Bittman tem o dom de transformar ingredientes simples em delícias e, sempre que leio algumas das suas receitas tenho o mesmo pensamento: para fazer isto não precisava de receita. Mas a verdade é que ele sabe como cozinhar qualq

Crackers de centeio e sementes

Ainda sobre o workshop de quarta-feira. As minhas amigas e cobaias têm filhos da mesma idade do meu e trouxeram os miúdos para brincar. Foi uma tarde muito divertida também para as crianças. Enfim, eu queria fazer algo que as crianças e os maridos pudessem petiscar e lanchar, para além das receitas que eu propus-me a ensinar no workshop. Em tempos eu tinha visto esta receita de "cream-crakers" feita em casa. Mas olhei para a lista de ingredientes e, sem ler, só pela quantidade, desisti. Quando resolvi ler, apercebi-me que, na realidade, tratava-se apenas destas sementes que tenho sempre em casa. Algumas, como alcaravia, eu retirei da lista para que os miúdos não estranhassem o sabor. Quem quiser a receita original pode encontra-la neste link . Também fiz uns cupcakes de banana integral, sem ovos e sem leite que foi um sucesso. Para já, deixo-vos ficar com a receita das crakers caseiras. Bjx, da Ana.

Quadrados de castanha-de-caju, caramelo de tâmaras e cacau

Nesta quarta-feira, como era feriado cá em Portugal, eu realizei cá em casa o meu primeiro workshop culinário. Foi um workshop piloto e portanto fechado para quatro queridas amigas. Aliás, a ideia do workshop partiu delas, o que eu considero um grande elogio ao projeto que venho desenvolvendo de partilhar as receitas que eu testo na minha cozinha. Nós realizamos cinco receitas, entre elas, estes quadrados de castanha-de-caju, tâmaras e chocolate, que tem sido batizado de Twix Vegano.  A preparação destes quadrados é bastante simples, porém um pouco demorada e, só por este motivo, pode parecer trabalhosa.  Na verdade, esta foi a receita mais demorada que fizemos. Para além do convívio, o workshop funcionou como um "brainstorm" e eu aprendi muito mais do que ensinei. Para além das ideias que surgiram durante uma tarde toda de animação, propuseram-me mais um desafio de um novo workshop. Aceite o desafio, agora é começar a preparar a próxima aventura. Ah, eu resolvi

Hambúrguer de feijão preto

A receita de hoje é uma opção para os meus amigos vegetarianos, mas não só. Quem gosta de carne, como eu, também pode se divertir a "enganar" o cérebro com estes hambúrgueres de feijão preto. Testei a receita ontem, pela primeira vez, e adorei. Mas se você vai fazer aí em casa, conte para os seus que se trata de feijão, pois, à primeira olhada, os hambúrgueres parecem-se mesmo com carne. E como sabe a feijão, não queremos desiludir. (Sim, pessoal. Vamos parar de pensar que uma coisa feita com feijão pode saber a carne. Não pode. A não ser que esteja cheia de aromatizantes e aditivos de sabor artificial, que não é o que queremos). Bem, fui um pouco preguiçosa nesta receita e usei feijão em lata, quando poderia perfeitamente tê-lo cozinhado em casa.  Mas é como eu digo sempre: comigo não há espaço para o fundamentalismo. Quando, por algum motivo, estamos cansados ou não temos tempo, não tem mal nenhum ir para um atalho, neste caso, o feijão cozido em lata. Ninguém p

Gnocchi integral de batata-doce

A receita de hoje é daquelas de risco. O Gnocchi de batata-doce. Sim, existem dezenas de receitas de Gnocchi de batata-doce a circular por aí. Eu arrisquei-me a utilizar farinha de trigo integral na confecção do prato. E isto faz uma enorme diferença. A farinha de trigo integral tem, em tese mais fibra, o que torna os alimentos mais secos. O meu medo ao usar farinha de trigo integral era obter uma massa muito pesada. Não vou mentir: consegui um resultado satisfatório. Para o Gnocchi integral, para três pessoas, eu usei: 350 g de batata-doce assada desfeita em puré; 2/3 de copo de farinha de trigo integral (reserve mais um pouco para polvilhar na mesa de trabalho; 1/2 colher de chá de sal; 1 pitada de noz moscada; 1 ovo; 2 colheres de sopa cheias de iogurte grego. Como eu o fiz: 1- Pus uma panela com água e sal para ferver; 2- Numa tigela. misturei todos os ingredientes até obter uma massa homogénea; 3- Despejei para uma superfície lisa e enfarinhada;

Panquecas de banana e açaí

Confesso: o açaí nunca fez parte da minha dieta. Mesmo quando eu morava no Brasil, as tigelas de açaí com banana nunca foram pratos que me atraíssem. Sempre rejeitei o sabor deste fruto da Amazónia como uma criança rejeita o sabor de alimentos aos quais não estão habituados. Sim, eu acredito que paladar conta, mas o hábito também tem influência. Lembro-me de dizer a quem me acompanhava nestas empreitadas que o açaí sabia a fruto passado.   O meu sobrinho mais velho adora uma taça de açaí, sobretudo quando vai à praia com os pais. Come aquela papa de fruta, de uma cor púrpura escura, como se de chocolate se tratasse. Eu não era capaz. Mas nestas minha andanças em busca de receitas novas para testar, encontrei várias delas na qual o tal do açaí empenhava, e muito bem, o papel de protagonista. Pareceram-me tão saborosas! Deixei-me de preconceitos e pedi à minha mãe que me enviasse, do Brasil, um pacote de açaí em pó. Se a polpa da fruta não me sabia bem, talvez o pó, misturado aos b

Hummus expresso

Quem visita regularmente o blog sabe da minha predileção pelos sabores do médio-oriente e norte de África. Ainda que, ultimamente, eu tenha me dedicado aos doces. Os ingredientes, a forma de cozinhar, os temperos... tudo naquele tipo de comida me fascina. Eu ainda preciso estudar o assunto, mas desconfio que muito daquilo que hoje é servido nas nossas mesas tem influência ancestral daqueles lados do mundo. Enfim, depois de algumas semanas de doces, eu queria voltar um pouco a minha atenção aos salgados, que também são uma tentação. E começo com uma receita super simples de executar: Hummus expresso de grão-de-bico.  O Hummus é um prato comum no médio-oriente e pode ser encontrado tanto nas mesas de judeus como de palestinianos. Fato que o tem elevado à posição de prato da paz ou receita da paz. Recentemente, Yotam Ottolenghi, judeu radicado em Londres, referia-se a esta questão na sua coluna semanal, no jornal inglês "The Guardian" , falando de sua parceria com Sammi

Cookies de manteiga de amendoim

Hoje acordei com um desejo de comer cookies de manteiga de amendoim. Tem dias assim. A gente não sabe o porquê, mas desperta em nós aquela vontade de comer alguma coisa. Às vezes, simples como esta. Cismei que tinha de as ter prontas para o pequeno-almoço e lá estavam. Infelizmente, o meu filhote já tinha partido para a escola quando elas arrefeceram e estavam prontas para serem devoradas. Cookies são biscoitos rápidos e fáceis de preparar. Por isso gosto tanto deles. E são versáteis: a qualquer hora podemos testar um novo sabor. Esta é uma receita adaptada de uma revista da Bimby/Thermomix. Adaptada, por um lado porque usei as mesmas medidas, mas troquei os ingredientes. E, por outro, porque não precisamos da Bimby para fazer estas bolachas. Não é simples fazer isto, pois quando dá para correr mal, corre mesmo mal. Esta, por acaso, me agradou, e muito. As cookies ficaram bem macias por dentro e levemente estaladiças por fora.  Para fazer estas bolachas de manteiga de amend

Comeu mal? 8 alimentos para reparar os estragos

Saiu de casa a correr e não resistiu ao donut no pequeno-almoço? Foi almoçar com os amigos e escolheram um fast-food . As más escolhas alimentares têm um impacto muito grande  na saúde. Depois de um dia a comer mal nos sentimos inchados, cansados e com a sensação de estômago dilatado. Felizmente, pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia), descobriram que a ingestão de um ácido tipo ómega-3, chamado DHA, pode reduzir o impacto da má alimentação feita durante o dia. Deixo ficar exemplos de alimentos cheios de vitaminas, sais minerais e aminoácidos que ajudam a "limpar" o organismo das besteiras ingeridas ao longo do dia. 1- Peixes gordos como o salmão selvagem ou a sardinha: ajuda a prevenir os danos cerebrais, contém ómega-3, além de selênio e vitamina D. 2 - Sementes de chia ou de linhaça: apenas duas colheres de sopa contêm as fibras suficientes que ajudam a eliminar as toxinas consumidas durante o dia. 3- Nozes: 1/4 de copo possui 133% da dose de ómega-3 di

Brownie fit de chocolate

Vamos lá ver isto: quando é que para de usar batatas-doces nas suas receitas? A resposta é simples: quando se esgotarem as possibilidades de a utilizar. A batata-doce é, para mim, um coringa na cozinha. São tantas as comidas boas que podemos fazer com ela e tantos os benefícios para a saúde que só mesmo quando não haja mais o que inventar é que eu paro. A estrela do dia é, de novo, a batata-doce. Esta delícia de polpa roxa, cheia de vitaminas, é praticamente o ingrediente principal (fora o cacau, claro!) do nosso brownie fit de chocolate. A minha receita é uma adaptação da receita da Dani Nolce (uma chef de pastelaria que eu adoro, mas que tenho negligenciado um pouco; se vocês visitarem a página dela vão perceber o porquê). Antes de passarmos para a receita, eu gostava de esclarecer que nenhum dos doces que eu faço é para emagrecer. Tem muita gente que confunde "saudável" ou "fit" com "pode comer à vontade" ou "este não engorda". Isto não

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20 g de sem

Barrinhas energéticas de aveia e sementes

Sábado foi a minha terceira participação em corridas. Primeira vez a fazer 8 km. Nas outras duas corri 5 km. Pode parecer pouco para quem está acostumado, mas quem me conhece há muito tempo sabe que isto é um life-changing. Não vou mentir, apesar de ter alguma resistência por causa dos treinos funcionais diários no ginásio, eu estava cheia de medo. Tinha receio de não conseguir completar a prova E, para piorar tudo, na sexta-feira tinha comido pizza. Tudo caseiro, mas pizza é sempre pizza. Comer bem é muito importante para quem corre. Mas não é só no dia da corrida. A boa alimentação deve ser uma constante. Bem, vou deixar o ontem no seu devido lugar e me concentrar no que vale a pena: barrinhas energéticas. Fiz estas barrinhas no dia da corrida. A intenção era levá-las comigo e comer no quinto quilómetro do percurso para ter mais energia. E, na verdade, vou precisar de bastante energia. Claro que, com o nervosismo da prova, deixei ficar as barrinhas em casa. E tive de aguentar f

Bolo Hulk integral

Quem tem filhos pequenos sabe o quanto é difícil incluir alimentos verdes na dieta deles. São poucos aqueles que adoram couve ou alface e muitos os que rejeitam qualquer tipo de alimento verde, a não ser que estejam passados na sopa. O meu filho é desta segunda equipa. Por isto, eu vivo inventando maneiras para que ele coma  com mais variedade: sopa, pães, muffins, bolos... em tudo aquilo em que eu posso está lá um legume ou uma fruta disfarçada. Todo mundo já ouviu falar no bolo Hulk, não é? Sim, aquele bolo de um verde lindo, normalmente feito de espinafres ou agrião. Pois, então. A minha versão deste bolo leva kale, um tipo de couve, com folhas de um verde escuro intenso, cheia de vitaminas, fibras e muito saborosa. Mais do que isto: como toda a massa de bolo que  eu tenho feito, não tem farinha nem açúcar brancos. A couve kale tem um sabor terroso como a beterraba e deve ser isto, penso eu, que repele as crianças. Mas, no bolo, ela só confere uma cor verde e, junto dos outros

Petit four de amêndoa e chia

Quem costuma acompanhar as receitas do blog percebe logo que odeio desperdícios e estou sempre em busca de receitas que aproveitem os ingredientes no seu máximo. Quem for pesquisar a receita original vai perceber do que estou a falar. Os mini bolinhos de amêndoa e chia de hoje foram inspirados numa iguaria da doçaria portuguesa conhecida como almendrados ou bolinhos de amêndoa do Algarve. Dizem que, apesar de ser encontrado em quase todos cantos do país, o almendrado teve a sua origem no sul. Chamei-lhes  petit four por dois motivos: o primeiro é porque estes bolinhos que vos apresento têm a metade do tamanho de biscoito original, ou seja, são minis. Consegue-se bem colocar um inteiro na boca. Depois porque, mais uma vez, eu resolvi dar uma volta à receita tradicional, que leva açúcar em pó e clara de ovo. Assim, os meus almendrados levam: 150 g de amêndoas moídas com pele, das quais 100 g são os restos das amêndoas moídas que sobraram do leite vegetal, que fiz ontem. 50 g