Eu não sei de posso chamar isto de transformação. Mas, cada vez mais, gosto de preparar sobremesas sem adição de açúcar refinado. São tão simples de preparar e sabem tão bem. Sobretudo agora, que é verão, nesta porção do globo em que me situo, que as bagas como as framboesas e os mirtilos estão maduras e que as frutas, em geral, são tão mais apetecíveis. Muitas sobremesas nem precisam de forno ou fogão. Embora alguns, é verdade, precisem de passar a noite no frigorífico para, só então, serem saboreados. Em tempos, eu comprei uma máquina para fazer waffle, porque o meu filhote adora comê-lo pela manhã. Entretanto, ele resolveu fazer uma pausa e a máquina ficou esquecida. Ontem, fazendo a minha ronda diária pelas redes sociais (isto já é um vício) encontrei uma receita de waffle de aveia e banana, da chefe Patrícia Helu, e resolvi testa-la.  Eu tinha a intenção de seguir a receita como manda o figurino, mas só quando já tinha as bananas esmagadas e a farinha de aveia mistura

O que era bom ficou ainda melhor. E não é que se pode fazer o pudim de chia em minutos, sem ter de esperar que ele gelifique no frigorífico. Adorei esta ideia, que encontrei, por acaso, na minhas rondas pelo Instagram, e resolvi testá-la. A receita original, que encontre em @thenaturalnurturer, era enorme, ou seja, rendia seis porções. O sabor também não era o mesmo - a autora escolheu chocolate. Pensei que com o calor que se faz sentir nestes dias, fazia sentido alguma coisa fresca. Por este motivo optei por uma pudim de coco e lima. Fiquei indecisa na quantidade de mirtilos na decoração, então fiz as duas versões, já que a receita rende mesmo dois copos pequenos. Uns quadradinhos de manga também combinavam lindamente. Mas hoje eu estou preguiçosa. Para este pudim eu usei: Sumo de 1 lima (limão, no Brasil); 200 ml de leite de coco (gordo); 1/3 de copo de sementes de chia; 2 colheres de sobremesa de geleia de agave (penso que não faz mal trocar por mel ou xarope de ácer). B

Eureka! Estou muito feliz com a descoberta de hoje: bolachas de aveia com manteiga de amendoim. Perfeitas para o pequeno almoço e para snacks rápidos a meio da manhã ou da tarde. Estas bolachas nasceram porque eu resolvei alterar por completo uma receita dos scones , que eu já testei aqui. E por quê? Porque eu tenho me aventurado a fazer "doces" sem açúcar branco. Desta vez, resolvi tirar também o único ovo da receita original e, ainda, substituir o leite de vaca por leite vegetal. Depois de todos os ingredientes batidos a uma velocidade média alta no processador de alimentos, obtive uma massa muito fácil de trabalhar. A outra novidade foi o uso de farinha de espelta. É uma farinha que foi muito usada na Europa central, na idade média, e que esteve recentemente na moda no mundo das comidas saudáveis. Sem mais blá-blá, blá, vamos aos ingredientes: 150 g de farinha de espelta; 100 g de aveia em flocos; 50 g de açúcar de coco; 30 g de manteiga de amendoim (caseira)

Há quase 11 anos em Portugal e nunca me soube tão bem um gelado como nestas últimas semanas de Julho. E desde que descobri que o posso preparar facilmente em casa, de forma saudável, que não tenho feito outra coisa. Este,  por exemplo, feito à base de banana, só foi preciso bater três bananas congeladas às rodelas com uma mão cheia de framboesas. Para a neve de coco,  eu usei 300 ml de leite de coco, sementes de três bagas de cardamomo verde e sumo de meia lima (limão, no Brasil).  Depois de congelada, bastou raspar com uma colher e colocar no prato na hora de servir.

Adoro fazer "tours" pelos supermercados. Sempre encontro ingredientes novos para as minhas aventuras na cozinha. Ontem, numa destas digressões, acabei por comprar uma caixinha de halva. Trata-se de doce de sementes de sésamo, muito frequentado nas mesas do médio oriente. Na verdade, há muitas maneiras de preparar o doce de halva. Podemos encontrá-los em versões israelitas, palestianas, mas também gregas (que foi o meu caso). Na verdade, o nome halva evoluiu da palavra árabe hulw , que quer dizer doce. Para mim, o doce de halva sabe a amendoim pouco torrado. Por isso, pensei que pudesse ficar muito bom combinado com chocolate. E eu estava certa! Nas buscas por receitas, que fiz para me inspirar, encontrei algumas receitas de brownie de halva. Umas de fácil preparo. Outras nem tanto. E, muito embora eu tenha adorado uma receita do meu guru Yotam Ottolengui, eu resolvi colocar em prática a minha própria receita. Assim, para o meu brownie com halva eu usei: 2 ovos in

A teimosia em mim é um defeito ou uma qualidade que se nomeia muito em função conveniência. Quando me aventuro na cozinha, um único ingrediente pode valer receitas para uma semana. Mas nem sempre esta insistencia insana resulta. A receita de hoje, no entanto, encaixa-se naqueles casos em que a teimosia vale a pena. Há dias publiquei na minha conta de Instagram -@foiprapanela -a fotografia de um batido de leite de coco, manga, gelado de banana e granola caseira.  No momento em que ajeitava os ingredientes no copo pensei que a mistura trabalhada de outra forma renderia uma deliciosa sobremesa. A primeira coisa que me veio à cabeça foram as famosas natas do céu. Pela semelhança das cores.  Mas sem natas e sem ovos? Sacrilégio.  Por isso, eu decidi que chama-la-ia de Parfait.  Este creme de leite de coco e agar-agar,  com coulis de manga  (que, na verdade pode levar outra calda qualquer ) foi muito fácil de preparar.   Numa panela eu juntei uma lata de 400g de leite de coco, meia medida de

A primeira vez que peguei num livro sobre comida viva eu não acreditei que pudesse, um dia, tentar fazê-la em casa. A sobremesas, então, não me pareceram, de todo, uma boa opção. Enganei-me. E, cada vez, vejo mais vantagens neste tipo de receitas "doce", que prescindem do forno, do fogão e do açúcar refinado. É claro que não vou deixar de preparar outras guloseimas mais açucaradas e que eu a-do-ro. Mas  também gosto de me submeter a experiências gastronómicas e culinárias e tenho achado imensa piada nesta nova maneira de confeccionar sobremesas. A receita de hoje mistura duas receitas bastante simples: a base daquela tarte de lima, que postei outro dia, e um brigadeiro de abacate bem cremoso, do Rodrigo Hilbert. Da receita original, apenas troquei o mel pela geleia de agave e, claro,  reduzi também as quantidades. Vou deixar ficar a receita do brigadeiro, tal como a realizei, e também o link para a receita original. * A base da tartelette utiliza exatamente os mesmos ing

Há algumas semanas eu testei cá em casa uma receita de pudim de chia de uma das minhas "Instagramers" preferidas: @amylecriations. A ideia era fugir do uso que eu dou tradicionalmente àquelas sementinhas (sempre misturo nos batidos ou nas papas) e por na caneca uma sobremesa fresca, saudável, sem adição de açúcar. E funcionou!  Esta sobremesa não precisa de ir ao microondas nem ao fogão. Também não é preciso de nenhum utensílio de cozinha muito sofisticado. Uma varinha mágica resolve. Para este pudim de chia (rendeu duas porções) eu simplesmente misturei 3/4 de copo de leite de amêndoas; 1/4 de copo de leite de coco e 2 colheres de sopa de chia , distribuí e duas partes iguais para potinhos e deixei refrigerar. O mínimo necessário para que a chia ganhe aquele aspecto de gelatina é de 30 minutos. Depois é só cobrir com o creme de preferência. Neste caso, eu utilizei gelado de banana batido com um pêssego e decorei com amoras.

Parem as prensas! Três bananas maduras às rodelas e congeladas e uma colher de chá de baunilha batidas no processador fazem o melhor gelado de sempre! O sabor pode variar, basta acrescentar ao preparado de banana outra fruta qualquer, ou, como eu, cacau em pó. Eu utilizei uma colher de sobremesa cheia e o sabor à banana deu lugar ao um delicioso, mas leve chocolate. Para um gelado mais "chocolatudo", como diz a Dani Noce, é só acrescentar mais cacau. A imaginação é quem manda. Para um próximo post, vamos incrementar isto.

É-me tão difícil ficar longe dos bolos que eu, sempre que posso, tento dar à volta às receitas originais para poder prepará-los à minha maneira e comê-los sem culpa. O bolo de hoje, posso dizer que foi quase uma epifania. Trata-se de um bolo de chocolate com recheio de doce de coco, que a minha avó materna costumava fazer em quase todas as festas de anos do pessoal lá de casa. O nome, Prestígio, deve-se a um chocolate muito na moda no Brasil, na década de oitenta, uma espécie de barra de coco coberta de chocolate (nós, brasileiros conhecemos muito bem rs). Claro que a receita de hoje foi inspirada no bolo Prestígio da minha avó, mas os ingredientes não passam nem perto. Este bolo não leva leite, manteiga nem ovos. O chocolate em pó foi substituído por cacau cru 100%. O charme deste bolo, para além da sua dimensão bastante reduzida, ficou por conta do recheio: uma cocada, preparada com geleia de Agáve, espécie de xarope cujo açúcar é obtido do aquecimento e hidrolização dos hidrat

Às vezes, tudo o que a gente precisa é pegar nas sobras de legumes, juntar tudo numa frigideira e saltear no azeite, com alho, sal e pimenta, durante 10 minutos. Eu o fiz com berinjela,  pimentos e cebola roxa. Assim, sem história. Só inspirada nas cores. Mais nada.

Nem sempre tenho paciência de preparar um pequeno almoço em condições. Mas hoje estou mesmo orgulhosa do meu batido de banana, coco e frutos vermelhos. Começou por ser uma papa de aveia meio sem graça e terminou por se tornar num batido cremoso e cheio de sabor. Este smoothie é mesmo fácil de fazer, mas exige alguma preparação anterior. Para o fazer eu usei: 250 ml de leite meio-gordo (semi-desnatado) sem lactose*; 30 g de aveia; 5 g de açúcar de coco; 20 g de mix de frutos vermelhos (congelados) 1/2 banana congelada; 110 g de leite de coco; 20 g de amêndoas; framboesas e coco frescos. O primeiro passo foi fazer a papa de aveia usando o leite meio-gordo, a aveia e o açúcar de coco. De seguida separei metade da papa e a bati com os frutos vermelhos. Depois, fiz um creme de banana, usando o leite de coco, a banana congelada e as amêndoas. Para dar mais textura e reforçar o sabor, juntei framboesas  e coco frescos. *Uma excelente opção é substituir o leite sem lactose por

Continuando a minha senda pelos bolos e biscoitos sem açúcar refinado, eu encontrei uma receita inspiradora de biscoito de chocolate, que não leva mais de 15 minutos a preparar e que até pode servir de base para a minha próxima sobremesa. Sim, a minha cabeça não para. Estou sempre a pensar no que posso fazer a seguir e em como rentabilizar ao máximo as minhas receitas. E as bolachas de hoje são uma espécie de coringa: deliciosas no pequeno-almoço, perfeitas como snacks e, por que não, como ingrediente para uma sobremesa. Eu tive que fazer algumas adaptações à receita original, para adequar aos ingredientes que tinha em casa e, sem querer, acabei "criando" outra receita, que chamei de bolachas rústicas de chocolate e aveia. Rústicas tanto no formato quanto na textura. Depois de assadas, elas ficam um pouco quebradiças, mas para mim, são ótimas. Para fazer as bolachas eu usei: 1/2 copo de aveia em flocos; 1/2 copo de aveia em farelos; 1 colher de chá de fermento para

Faz hoje 10 dias que eu iniciei uma dieta restritiva de açúcar. Quem, como eu, ama bolos, biscoitos, tartes, pães e todo o elenco de doçaria possível e imaginável, sabe o quanto isto é difícil. Desde então iniciei uma jornada no ciberespaço em busca de receitas docinhas que pudessem suprir a minha necessidade de açúcar, sem que este estivesse presente. Encontrei uma enormidade de receitas, fit e também funcionais*, em princípio mais saudáveis,  com aspectos excelentes, e eu resolvi testa-las. Dos gelados à base de banana à mousse de chocolate. Dos bolos de caneca às tartes. Dos biscoitos aos pudins. Nem só de açúcar refinado vive a pastelaria. Se eu não duvidei, em nenhum momento, do aspecto, o mesmo não se passou com o sabor. A pergunta que me colocava era só uma: será que sabem bem? A receita de hoje é uma tarte de lima, sem natas, manteiga ou leite condensado. Não vai ao forno. É glútem free, sem lactose e, claro, sem açúcar branco. Sem tudo isto e ainda sim gostosa? Vamos aos

Esta limonada de hortelã e aipo, para servir bem fresca, foi inspirada na seleção islandesa de futebol. E não é difícil perceber o motivo. A Islândia perdeu para a França nos quartos-de-final do Europeu de 2016 por 5 a 2. Dignamente. Lutou até o final. Uma equipa de Vikings. No final do jogo, foi ovacionada pelos torcedores. Repetiu-se o mesmo coro de palmas que no jogo anterior deu a vitória aos islandeses, varrendo com os ingleses, considerados adversários, sem sombra para dúvidas, muito mais bem preparados.  Mas os islandeses não se sentiram derrotados pela França. Foram recebidos em seu pequeno pais, com pouco mais que 300 mil habitantes, como se tivessem vencido o campeonato. E o mais surpreendente, com milhares de pessoas a repetir o jogo de palmas que caracterizou não apenas a equipa, mas também seus adeptos.  Para a minha limonada eu usei: 1 litro de água; 1 talo de aipo; 1 maçã gala; 1/2 limão espremido; 8 a 10 folhas de hortelã-limão; 3 cm de gengibre;

Toda a gente adora doces. Algumas pessoas até pensam não serem capazes de viver sem eles. Outros dão preferência aos salgados, mas não rejeitam uma bela tarte ou uma mousse. Eu faço parte do primeiro grupo. Ultimamente, as minhas refeições têm acabado sempre numa sobremesa bem doce. Apesar dos treinos diários, tenho notado alguma fadiga e, por este motivo resolvi reduzir a quantidade de açúcar ingerida diariamente. Por este motivo, não tenho aparecido muito no blog, apesar de manter ativa a minha página no Facebook , com algumas sugestões de comida e até doces saudáveis, feitos à base de frutas. Toda a gente também sabe que sexta-feira é o dia da batota cá em caasa, mas eu tenho seguido com tanta motivação a minha "dieta" que resolvi abrir uma exceção e preparar uma salada. Mas com bacon! Sim, eu disse restrição de açúcar (risos). A salada é  basicamente uma das receitas de salada de batata da minha musa inspiradora Melissa Clark. E o meu toque fica, nada mais nada