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A mostrar mensagens de outubro, 2016

Sweet-chilli (molho agridoce de pimenta)

Outro dia, a convidada para jantar em casa de amigos, fui surpreendida com molho de pimenta agridoce a acompanhar tostinhas, queijo e vinho. Eu adoro tudo o que é picante e, por este, motivo, não me contive em perguntar como tinha sido feita aquela maravilha. Sem papel e caneta, após o jantar, eu tinha a noção perfeita dos ingredientes, mas as proporções... estas tinham sido esquecidas. No final do jantar, eles ofereceram-me uma saca cheia daquelas pimentas utilizadas para fazer o chilli. Fiquei sem graça de ligar para perguntar novamente a receita que, por distração, eu havia perdido e recorri a uma receita disponível online para o teste. Claro que fiz as minhas adaptações, mantendo as proporções indicadas. Para além de ser bem fácil de preparar, o que eu mais gosto neste tipo de molho é a sua versatilidade. Para quem gosta de sabores picantes, o sweet-chilli pode ser usado como geleia para acompanhar queijos e tostas. Quem prefere sabores levemente picantes pode adicionar

Geleia express de frutos vermelhos

Sou franca: não consigo viver sem microondas e sem a varinha mágica (mixer)! Simplesmente porque gosto de coisas práticas e rápidas. Hoje em dia, as pessoas têm pouco tempo e não o querem desperdiçar todo na cozinha. Foi-se o tempo em que para ter o leite quente, um bolo ou uma geleia saborosos era preciso gastar um bom par de horas com a barriga encostada ao fogão. Nem sempre o que é saudável e saboroso precisa de ser complicado. A geleia que eu fiz hoje é um exemplo disto. Para além do microondas e da varinha mágica, só precisamos de três ingredientes: frutos vermelhos, chia e açúcar de coco. As sementes de chia não só ajudam a dar consistência à geleia como também a torna mais nutritiva.  Ingredientes: 150 g de frutos vermelhos congelados; 1 colher de sopa de chia; 2 colheres de sopa de açúcar de coco. Como fazer: Misture todos os ingredientes e leve ao microondas por dois minutos! Com o auxílio da varinha mágica desfaça tudo em puré. Transfira para um pote de vidro e deixe

Biscoitos rendilhados de arroz

Comecei o dia na cozinha hoje. E olha que não foi a preparar o pequeno-almoço. Estive a testar uma nova receita de bolacha. Eu queria uma alternativa àquelas de bolachas de arroz que eu costumo comprar no supermercado. A primeira tentativa, a seguir uma receita que apanhei, sem querer, no Instagram, foi um pequeno desastre. Esparramaram-se no tabuleiro e colaram-se umas nas outras. Na segunda tentativa, alterei a receita toda, e separei a massa em duas porções: a primeira fornada deixei ficar tempo a mais no forno. A segunda ficou perfeita. As bolachas ficaram lindas de viver! E muito saborosas. São ótimas, para o lanche. E, num pacote bem feitinho, até dão excelentes prendas de Natal para os colegas de trabalho, professores da escola dos nossos filhos. Enfim, até para aqueles amigos chegados que merecem o nosso miminho.  Para fazer 20 bolachas médias eu usei: 1 copo de arroz tufado; 3/4 de copo de farinha de aveia; 1/4 de copo de farinha de amêndoa; 40 g ou 2 colheres

Waffle integral com açúcar de coco

Não há histórias por trás destes waffles. Apenas uma vontade imensa de me sentir feliz na primeira hora da manhã. Acordei cedo, como sempre, e pensei que poderia ter um pequeno-almoço fantástico, com waffles e geleia. E, porque não, uns frutos vermelhos, canela, agave e outras tantas coberturas boas e saudáveis. Na verdade, é bem difícil transformar guloseimas em coisas saudáveis. Nesta receita, eu troquei alguns ingredientes muito processados por outros nem tanto e resultou.  Para fazer 8 waffles médios: 1 copo de farinha integral; 1 copo de farinha de aveia; 1 colher de sopa de açúcar de coco; 1/4 de óleo vegetal; 1 ovo; 1 pitada de sal; 1 colher de chá de fermento para bolos. Como fazer: Aqueça sua máquina de fazer waffles. Entretanto, misture todos os ingredientes numa tigela e bata bem. Unte a máquina com óleo de coco ou manteiga, coloque a quantidade de massa desejada (eu usei uma colher de gelado como medida). Deixe-os dourar e sirva quente, com a cob

Tagliatelle de cenoura com parmesão de nozes

Mais uma vez, vou aplicar em minha cozinha aquela máxima de Lavoisier de que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Esta premissa vale tanto para a culinária hoje em dia. Tanta gente interessada em criar coisas novas, quando o que é bom já existe. Basta dar-lhes outros olhos. Foi assim que nasceu o meu tagliatelle de cenoura. Quando eu comecei a cortar a cenoura ao comprido, com a intenção de preparar uma salada, notei que as tiras que saiam do meu cortador assemelhavam-se à massa que conhecemos por tagliatelle. Coincidência ou não, a verdade é que, dias atrás, eu tinha visto no @patríciahelu uma receita de parmesão vegano, feito com amêndoas. Eu ainda patino na cozinha, mas sei que bem que cenoura e nozes formam um par delicioso e decidi criar, eu mesma, um parmesão de nozes. Na verdade, as proporções desta receita ainda são muito incipientes. Mas eu fiquei tão feliz com o resultado deste prato, que quis partilhar sem demoras. Nem foi pesquisar se há receitas

Pão-de-forma duas farinhas

Pelo menos uma vez por semana tenho de fazer pão em casa. Nem sempre testo uma receita nova. Na maior parte das vezes é pão integral, que não dá trabalho nenhum a fazer: farinha, água e fermento. Desta vez, no entanto, revolvi mexer só um bocadinho na receita, acrescentando farinha de centeio e algumas sementes para decorar. E não poderia ter tomado melhor decisão. A única coisa que, talvez mude, quando tiver outra oportunidade de refazer esta receita será no tamanho da forma, que parece ter ficado grande demais para a quantidade de massa. Mas o sabor e a textura ficaram impecáveis. Fiquei duplamente feliz com o resultado. O que eu mais gostei neste pão é que a crosta, apesar de resistente, não é tão dura, o que faz lembrar o pão-de-forma comum. Também gostei do miolo compacto e húmido. Ingredientes: 250 g de farinha de trigo integral; 250 g de farinha de centeio; 1 colher de chá de sal; 1 colher de chá de açúcar; 40 ml de azeite; 1 saqueta de fermento seco para pão

Snack de grão-de-bico

Amo grão-de-bico. E isto era tudo o que eu deveria dizer sobre a receita de hoje, mas não me posso ficar por aqui. O grão-de-bico tornou-se num ingrediente-coringa em minha cozinha. Transformo-o em farinha, para pães e biscoitos. Cozinho para bolos, deeps, pastas   e sopas. Sirvo-o com o bacalhau. Fica delicioso na salada, com atum, ovos e maionese de abacate. E a água do cozimento do grão-de-bico também rende uns suspiros deliciosos (pena que demasiado açucarados). Nunca, entretanto, tinha tentado assá-lo. Depois de ir ao forno e arrefecer, o grão-de-bico ganha uma capa estaladiça e sabe mesmo bem como petisco.  A minha receita foi inspirada em nada menos que o astro Mark Bittman . Autor de dezenas de livros de culinária e colunista do jornal New York Times, Bittman tem o dom de transformar ingredientes simples em delícias e, sempre que leio algumas das suas receitas tenho o mesmo pensamento: para fazer isto não precisava de receita. Mas a verdade é que ele sabe como cozinhar qualq

Crackers de centeio e sementes

Ainda sobre o workshop de quarta-feira. As minhas amigas e cobaias têm filhos da mesma idade do meu e trouxeram os miúdos para brincar. Foi uma tarde muito divertida também para as crianças. Enfim, eu queria fazer algo que as crianças e os maridos pudessem petiscar e lanchar, para além das receitas que eu propus-me a ensinar no workshop. Em tempos eu tinha visto esta receita de "cream-crakers" feita em casa. Mas olhei para a lista de ingredientes e, sem ler, só pela quantidade, desisti. Quando resolvi ler, apercebi-me que, na realidade, tratava-se apenas destas sementes que tenho sempre em casa. Algumas, como alcaravia, eu retirei da lista para que os miúdos não estranhassem o sabor. Quem quiser a receita original pode encontra-la neste link . Também fiz uns cupcakes de banana integral, sem ovos e sem leite que foi um sucesso. Para já, deixo-vos ficar com a receita das crakers caseiras. Bjx, da Ana.

Quadrados de castanha-de-caju, caramelo de tâmaras e cacau

Nesta quarta-feira, como era feriado cá em Portugal, eu realizei cá em casa o meu primeiro workshop culinário. Foi um workshop piloto e portanto fechado para quatro queridas amigas. Aliás, a ideia do workshop partiu delas, o que eu considero um grande elogio ao projeto que venho desenvolvendo de partilhar as receitas que eu testo na minha cozinha. Nós realizamos cinco receitas, entre elas, estes quadrados de castanha-de-caju, tâmaras e chocolate, que tem sido batizado de Twix Vegano.  A preparação destes quadrados é bastante simples, porém um pouco demorada e, só por este motivo, pode parecer trabalhosa.  Na verdade, esta foi a receita mais demorada que fizemos. Para além do convívio, o workshop funcionou como um "brainstorm" e eu aprendi muito mais do que ensinei. Para além das ideias que surgiram durante uma tarde toda de animação, propuseram-me mais um desafio de um novo workshop. Aceite o desafio, agora é começar a preparar a próxima aventura. Ah, eu resolvi

Hambúrguer de feijão preto

A receita de hoje é uma opção para os meus amigos vegetarianos, mas não só. Quem gosta de carne, como eu, também pode se divertir a "enganar" o cérebro com estes hambúrgueres de feijão preto. Testei a receita ontem, pela primeira vez, e adorei. Mas se você vai fazer aí em casa, conte para os seus que se trata de feijão, pois, à primeira olhada, os hambúrgueres parecem-se mesmo com carne. E como sabe a feijão, não queremos desiludir. (Sim, pessoal. Vamos parar de pensar que uma coisa feita com feijão pode saber a carne. Não pode. A não ser que esteja cheia de aromatizantes e aditivos de sabor artificial, que não é o que queremos). Bem, fui um pouco preguiçosa nesta receita e usei feijão em lata, quando poderia perfeitamente tê-lo cozinhado em casa.  Mas é como eu digo sempre: comigo não há espaço para o fundamentalismo. Quando, por algum motivo, estamos cansados ou não temos tempo, não tem mal nenhum ir para um atalho, neste caso, o feijão cozido em lata. Ninguém p

Gnocchi integral de batata-doce

A receita de hoje é daquelas de risco. O Gnocchi de batata-doce. Sim, existem dezenas de receitas de Gnocchi de batata-doce a circular por aí. Eu arrisquei-me a utilizar farinha de trigo integral na confecção do prato. E isto faz uma enorme diferença. A farinha de trigo integral tem, em tese mais fibra, o que torna os alimentos mais secos. O meu medo ao usar farinha de trigo integral era obter uma massa muito pesada. Não vou mentir: consegui um resultado satisfatório. Para o Gnocchi integral, para três pessoas, eu usei: 350 g de batata-doce assada desfeita em puré; 2/3 de copo de farinha de trigo integral (reserve mais um pouco para polvilhar na mesa de trabalho; 1/2 colher de chá de sal; 1 pitada de noz moscada; 1 ovo; 2 colheres de sopa cheias de iogurte grego. Como eu o fiz: 1- Pus uma panela com água e sal para ferver; 2- Numa tigela. misturei todos os ingredientes até obter uma massa homogénea; 3- Despejei para uma superfície lisa e enfarinhada;

Panquecas de banana e açaí

Confesso: o açaí nunca fez parte da minha dieta. Mesmo quando eu morava no Brasil, as tigelas de açaí com banana nunca foram pratos que me atraíssem. Sempre rejeitei o sabor deste fruto da Amazónia como uma criança rejeita o sabor de alimentos aos quais não estão habituados. Sim, eu acredito que paladar conta, mas o hábito também tem influência. Lembro-me de dizer a quem me acompanhava nestas empreitadas que o açaí sabia a fruto passado.   O meu sobrinho mais velho adora uma taça de açaí, sobretudo quando vai à praia com os pais. Come aquela papa de fruta, de uma cor púrpura escura, como se de chocolate se tratasse. Eu não era capaz. Mas nestas minha andanças em busca de receitas novas para testar, encontrei várias delas na qual o tal do açaí empenhava, e muito bem, o papel de protagonista. Pareceram-me tão saborosas! Deixei-me de preconceitos e pedi à minha mãe que me enviasse, do Brasil, um pacote de açaí em pó. Se a polpa da fruta não me sabia bem, talvez o pó, misturado aos b