Avançar para o conteúdo principal

Tapioca colorida

A Rita Lobo tem sido uma inspiração na minha cozinha. Foi com ela e a equipa do Panelinha que eu aprendi a fazer a receita de hoje: tapioca de espinafre.
A verdade é que essa mesma tapioca pode ter várias cores e sabores. Tudo depende do ingrediente combinado à agua para a hidratar. A Rita, por exemplo, usou sumo de beterraba. Eu usei sumo de espinafres e quem sabe o que virá a seguir.
Tão interessante quando colorir a tapioca foi a descoberta de uma nova forma de a hidratar. Não é e nem nunca foi preciso estar tão preocupada com as proporções de polvilho doce e água, como eu sempre estive. A água a mais pode ser descartada, sem prejuízo ou desperdício de polvilho. Pois, uma vez hidratado, o polvilho cola-se no fundo do recipiente, permitindo deitar fora a água abundante.
Para esta tapioca verde é preciso:
250 g de polvilho doce;
Sumo de espinafre (cerca de um copo).
Como fazer:
Depois de misturar o sumo ao polvilho, deixei descansar no frigorífico por 8h. Retirei a água e passei o polvilho hidratado pela peneira. O sabor da tapioca ficou praticamente inalterado. A cor, aí a cor: um verde claro lindo!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os mi...

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20...

"Baião de dois à portuguesa"

Quando eu li a receita deste prato fiquei sem saber se o que eu começava a preparar para o jantar era um prato típico da cozinha nordestina brasileira ou se estava a fazer um simples arroz de feijão com chouriço. Por este motivo, eu vou chamá-lo "Baião de Dois" à portuguesa. Não há uma receita única de Baião de Dois. Navegando pela Internet encontrei várias versões e, até, uma história bastante curiosa sobre este prato. Diz-se que o Baião de Dois era inicialmente feito com apenas dois ingredientes: o arroz branco e o feijão de corda. Daí o seu nome. O cozinhado fazia parte da dieta das pessoas simples do campo. Qualquer acrescento de ingredientes ao prato denotava posse de quem o punha à mesa. No nordeste brasileiro, este prato é incrementado com carne seca, mas também há quem o faça com linguiça fumada e, até mesmo, com linguiça calabresa fumada. A minha versão, como já se advinha, leva feijão encarnado e dois tipos de chouriço: beirão e alentejano. Foram para a panela: 1...