Avançar para o conteúdo principal

Tagliatelle de cenoura com parmesão de nozes

Mais uma vez, vou aplicar em minha cozinha aquela máxima de Lavoisier de que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Esta premissa vale tanto para a culinária hoje em dia. Tanta gente interessada em criar coisas novas, quando o que é bom já existe. Basta dar-lhes outros olhos.
Foi assim que nasceu o meu tagliatelle de cenoura. Quando eu comecei a cortar a cenoura ao comprido, com a intenção de preparar uma salada, notei que as tiras que saiam do meu cortador assemelhavam-se à massa que conhecemos por tagliatelle. Coincidência ou não, a verdade é que, dias atrás, eu tinha visto no @patríciahelu uma receita de parmesão vegano, feito com amêndoas. Eu ainda patino na cozinha, mas sei que bem que cenoura e nozes formam um par delicioso e decidi criar, eu mesma, um parmesão de nozes.
Na verdade, as proporções desta receita ainda são muito incipientes. Mas eu fiquei tão feliz com o resultado deste prato, que quis partilhar sem demoras. Nem foi pesquisar se há receitas semelhantes por aí. Por isto, ajeite as quantidades, se for cozinhar para mais de uma pessoa.
Para fazer o tagliatelle:
Descasque uma cenoura média, lave bem e, com a ajuda de um cortador, corte a cenoura no comprimento, de maneira a obter tiras finas, com cerca de 0,5 cm de largura.
Para o molho:
10 ml de sumo de limão;
10 ml de geleia de agave (pode ser mel);
5 ml de mostarda orgânica.
Eu acredito que temperar do seu jeitinho ou apenas com sal, pimenta e azeite também dê resultado.

Para o parmesão de noz:
O parmesão que foi mesmo intuitivo.
1/4 de xícara de nozes;
1 pitada de sal;
1 pitada de pimenta do reino moída na hora;
1 pitada de alho em pó;
Basta unir todos os ingredientes num almofariz até e triturar até que as nozes estejam desfeitas, com textura de parmesão.

Tempere o tagliatelle, salpique o parmesão e sirva. Dá uma ótima entrada!



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os miúdos ficam ond

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20 g de sem

Quibe de batata-doce e quinoa

O Kibbeh ou Quibe (como seria a grafia em português) é um prato ordinário no médio oriente. Normalmente confeccionado com carne de borrego, menta picada, cebola e bulgur (um tipo de trigo), pode ser servido de inúmeras maneiras. Ontem, procurando por receitas novas e rápidas para preparar para o meu almoço, deparei-me com uma versão vegetariana de Quibe de abóbora e quinoa e resolvi reinterpretá-la, como é do meu feitio.  No lugar da abóbora eu coloquei batata-doce e, em vez de quinoa branca, eu usei quinoa vermelha. Esta receita é bem prática e leva apenas uns 10 minutos a preparar, desde que, como eu, você tenha sempre quinoa cozinha no frigorífico. Facilita-nos muito a vida. Do contrário, será necessário despender mais uns 20 minutos, que é o tempo de cozedura da quinoa. Para uma dose individual (se for fazer familiar, basta aumentar na proporção), eu usei os seguintes ingredientes: 1 batata-doce de polpa laranja (pequena); 4 colheres de sobremesa de quinoa vermelha cozida;