Avançar para o conteúdo principal

Tarte de lima (sem lactose e sem glúten)


Faz hoje 10 dias que eu iniciei uma dieta restritiva de açúcar. Quem, como eu, ama bolos, biscoitos, tartes, pães e todo o elenco de doçaria possível e imaginável, sabe o quanto isto é difícil.
Desde então iniciei uma jornada no ciberespaço em busca de receitas docinhas que pudessem suprir a minha necessidade de açúcar, sem que este estivesse presente. Encontrei uma enormidade de receitas, fit e também funcionais*, em princípio mais saudáveis,  com aspectos excelentes, e eu resolvi testa-las. Dos gelados à base de banana à mousse de chocolate. Dos bolos de caneca às tartes. Dos biscoitos aos pudins. Nem só de açúcar refinado vive a pastelaria. Se eu não duvidei, em nenhum momento, do aspecto, o mesmo não se passou com o sabor. A pergunta que me colocava era só uma: será que sabem bem? A receita de hoje é uma tarte de lima, sem natas, manteiga ou leite condensado. Não vai ao forno. É glútem free, sem lactose e, claro, sem açúcar branco. Sem tudo isto e ainda sim gostosa?
Vamos aos ingredientes.

Para a base:
40 g de tâmaras hidratadas;
75 g de castanha de caju demolhados (eu usei mix de frutos secos);
1 colher de sopa de xarópe de ácer;
pitada de sal.

Para o recheio.
1 1/2 abacates maduro;
Uma mão de castanhas de caju;
50 g de xarópe de ácer (ou outro adoçante que desejar)
60 g de óleo de coco;
Sumo de duas limas;
Raspas de uma lima;

Fiz a base triturando, num processador de alimentos, o xarope de ácer, as tâmaras e os frutos secos demolhados, da noite anterior.
Estendi numa forma pequena usando as mãos e, depois, uma colher para alisar-lhe a superfície.
De seguida, bati o creme de abacate, o sumo de lima, os frutos secos triturados, o xarope de ácer e o óleo de coco. Tive medo que o creme se desfizesse, por isso coloquei no congelador. O ideal, num dia quente, é tirar a tarte do congelador, pelo menos, 45 minutos antes de a servir.
E, agora, vamos ao que interessa: o sabor. Na minha opinião de consumidora e aventureira na cozinha, esta tarte de lima supre muito bem a necessidade de comer doces. Mas, como é óbvio, não sabe à tarte de lima tradicional. Enfim, da para comer, sim, um doce sem açúcar branco, sem constrangimentos. Só não dá para exagerar na dose.






*nota: Comida funcional é aquela que contém ingredientes funcionais, ou seja, que para além da nutrição básica, também ajudar a prevenir doenças e manter a boa saúde. Informe-se melhor com um nutricionista.

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os miúdos ficam ond

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20 g de sem

Quibe de batata-doce e quinoa

O Kibbeh ou Quibe (como seria a grafia em português) é um prato ordinário no médio oriente. Normalmente confeccionado com carne de borrego, menta picada, cebola e bulgur (um tipo de trigo), pode ser servido de inúmeras maneiras. Ontem, procurando por receitas novas e rápidas para preparar para o meu almoço, deparei-me com uma versão vegetariana de Quibe de abóbora e quinoa e resolvi reinterpretá-la, como é do meu feitio.  No lugar da abóbora eu coloquei batata-doce e, em vez de quinoa branca, eu usei quinoa vermelha. Esta receita é bem prática e leva apenas uns 10 minutos a preparar, desde que, como eu, você tenha sempre quinoa cozinha no frigorífico. Facilita-nos muito a vida. Do contrário, será necessário despender mais uns 20 minutos, que é o tempo de cozedura da quinoa. Para uma dose individual (se for fazer familiar, basta aumentar na proporção), eu usei os seguintes ingredientes: 1 batata-doce de polpa laranja (pequena); 4 colheres de sobremesa de quinoa vermelha cozida;