Sexta-feira eu não cozinho! É o dia internacional da pizza cá em casa. E quem diz pizza diz qualquer outro fast-food que não demande horas em cima do fogão ou do forno. É também o dia em que o saldo de panelas para limpar de seguida é bem menor que o costume. A massa da pizza foi bem simples de se fazer. Não demorou mais de 15 minutos entre misturar os ingredientes e sovar.
Sovar é, de resto, a parte mais cansativa. Haja braços. Enquanto sovava, recordava-me das histórias que meu pai contava, e costuma contar sempre que tem ocasião, sobre a padaria do meu bisavô e das vezes que se levantava ainda de madrugada para entregar o pão. A viagem até a padaria, no interior de São Paulo, levou-me a pensar que talvez sobrasse massa para uma focaccia e alguns grissini! A vantagem desta massa é justamente poder lhe dar muitas formas e sabores. Aliás, a minha pizza nunca fica redonda!
Passados 10 minutos a sovar, tive a esperança de que a massa se descolasse da mão por completo, mas isto não aconteceu. Precisei da ajuda de uma espátula.
Depois de sovada, a massa precisou descansar pelo menos uma hora. Fiz meia receita, como de costume e, à receita original, acrescentei farinha integral, na esperança de torná-la mais saudável. A receita básica e infalível leva:
500g de farinha;
35g de fermento biológico para pão;
250 ml de água;
50 ml de azeite;
8 gramas de sal.
Aproveitei a lenta ação do fermento para ler o primeiro capítulo de "Os Maias", livro que o meu marido anda, há tempos, a insistir para que eu o torne a ler. Já não tocava na história de Carlos da Maia e João da Ega desde o tempo dos exames vestibulares. Já lá vão mais de 20 anos! Tinha Pedro da Maia ido saber no cartório sobre as suas propriedades e já era hora de voltar a sovar a massa e esticá-la.
O tempo passou a voar.
E, de repente, lá estava a massa a implorar para ser esticada e levada ao forno por 15 minutos.
Sim, sobrou massa para a focaccia! Para os grissini, nem por isso. Da próxima vez tenho de pensar em fazer uma receita inteira.
Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim. Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada. Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir. De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os mi...
Muito bom.
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