Avançar para o conteúdo principal

Quiche de abóbora e queijo feta


Nada oficial, mas não consigui esperar mais: despeço-me hoje do inverno com uma Quiche de abóbora menina e queijo feta. Lembrando que hoje é sexta-feira e todo o esforço na cozinha deve ser reduzido, esta receita deu mesmo jeito. A única parte trabalhosa foi descascar e cortar a abóbora em cubos. Depois disto foi quase como fazer uma pizza.
Eu sempre gostei de abóbora, de todos os tipos, especialmente da doçura da abóbora menina, mas só hoje eu descobri que ela é uma fruta de inverno!
Bem, esta vontade de cozinhar abóbora não aconteceu por acaso. No início desta semana eu comprei queijo feta para uma salada de rúcula, melancia e feta e tinha sobrado um montão no frigorífico. Na verdade, quase o pacote todo. E, outro dia, fazendo as minhas leituras de receitas, encontrei uma de um dos meus cozinheiros preferidos. Tratava-se de uma quiche de abóbora, mas com queijo Stilton. E foi nesta tarte do Yotam Ottolenghi (mais uma vez) que me inspirei para o prato de hoje. É claro que trocar os queijos faz toda a diferença no sabor, mas eu tinha mesmo de gastar o feta. Na receita original, que ainda pretendo testar, Ottolenghi usa marmelada! Deve ser maravilhosa.

Mas a minha receita também ficou bem saborosa.
Para esta quiche eu usei:
1 pacote de massa quebrada (pronta);
400 g de abóbora menina cortada em cubos;
200 g de queijo feta;
1 colher de sobremesa de tomilho;
Três nozes partidas (opcional);
3 ovos;
300g de natas gordas;
sal q.b.;
Pimenta q.b..
Fiz esta quiche em três passos. Primeiro assei a abóbora temperada com sal, pimenta, tomilho e azeite, por 30 minutos, a 200º C. Reservei.

 Assei a massa por 20 minutos. Reservei.


Segundo, bati os ovos, com o iogurte grego e temperei com sal e pimenta. Terceiro: despejei o preparado de ovos na massa assada e distribuí sobre esta mistura  a abóbora e o queijo feta desfeito. Levei ao forno por mais meia hora.

Quando o forno é bom é possível assar a abóbora ao mesmo tempo que a massa e, sempre, polpa algum tempo. Em caso contrário, é preciso assar por vez. Eu penso que esta quiche ficava ainda melhor com umas rodelas de cebola roxa, mas esta matéria é controversa cá em casa. Servi à temperatura ambiente. Ah, para a próxima, estou a pensar em dobrar a quantidade de abóbora.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os mi...

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20...

"Baião de dois à portuguesa"

Quando eu li a receita deste prato fiquei sem saber se o que eu começava a preparar para o jantar era um prato típico da cozinha nordestina brasileira ou se estava a fazer um simples arroz de feijão com chouriço. Por este motivo, eu vou chamá-lo "Baião de Dois" à portuguesa. Não há uma receita única de Baião de Dois. Navegando pela Internet encontrei várias versões e, até, uma história bastante curiosa sobre este prato. Diz-se que o Baião de Dois era inicialmente feito com apenas dois ingredientes: o arroz branco e o feijão de corda. Daí o seu nome. O cozinhado fazia parte da dieta das pessoas simples do campo. Qualquer acrescento de ingredientes ao prato denotava posse de quem o punha à mesa. No nordeste brasileiro, este prato é incrementado com carne seca, mas também há quem o faça com linguiça fumada e, até mesmo, com linguiça calabresa fumada. A minha versão, como já se advinha, leva feijão encarnado e dois tipos de chouriço: beirão e alentejano. Foram para a panela: 1...