Avançar para o conteúdo principal

Bolo Hulk integral


Quem tem filhos pequenos sabe o quanto é difícil incluir alimentos verdes na dieta deles. São poucos aqueles que adoram couve ou alface e muitos os que rejeitam qualquer tipo de alimento verde, a não ser que estejam passados na sopa. O meu filho é desta segunda equipa.
Por isto, eu vivo inventando maneiras para que ele coma  com mais variedade: sopa, pães, muffins, bolos... em tudo aquilo em que eu posso está lá um legume ou uma fruta disfarçada.
Todo mundo já ouviu falar no bolo Hulk, não é? Sim, aquele bolo de um verde lindo, normalmente feito de espinafres ou agrião. Pois, então. A minha versão deste bolo leva kale, um tipo de couve, com folhas de um verde escuro intenso, cheia de vitaminas, fibras e muito saborosa. Mais do que isto: como toda a massa de bolo que  eu tenho feito, não tem farinha nem açúcar brancos.
A couve kale tem um sabor terroso como a beterraba e deve ser isto, penso eu, que repele as crianças. Mas, no bolo, ela só confere uma cor verde e, junto dos outros ingredientes, ganha um sabor muito próximo do milho.

Para fazer este bolo eu precisei de:
100 g de kale picada;
2/3 de copo de iogurte grego;
1/3 de copo de óleo;
1 copo de farinha de trigo integral;
1 copo de farinha de aveia;
1 colher de sopa de fermento para bolo
4 ovos;
raspas da casca de uma laranja;
1 copo de açúcar amarelo.

Como fazer:
1 - Bater os ovos, o óleo, o açúcar e a couve no liquidificador até obter um creme;
2 - Incorporar o iogurte;
3 - Num recipiente à parte misturar as farinhas e o fermento;
4 - Verter o preparado de kale sobre as farinhas e mexer lentamente, até que todos os ingredientes sejam incorporados.
5 - Untar uma forma redonda e forrar com papel vegetal, para desinformar mais facilmente;~
6 - Levar ao forno pré-aquecido a 180º C, durante 40 minutos, dependendo do forno. Use um palito para verificar se está assado. Ao perfurar o centro do bolo, o palito deve sair limpo.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os miúdos ficam ond

Pãozinho de batata-doce e chia

Prometido é devido. Quando postei a receita das trufas de chocolate, feitas com as sobras de batata-doce, eu disse que postaria a receita do pãozinho deste tubérculo que eu adoro. Infelizmente, daquela fornada de pão, não sobrou nenhum para contar a história. Então tive de repetir a receita para cumprir a minha promessa. Confesso que não foi sacrifício nenhum. Na verdade, este pãozinho é uma versão da receita da Gabriela Pugliese. Outra receita, também  muito semelhante, já foi publicada na revista CasaVougue. Este pão tem uma textura muito semelhante ao do pão-de-queijo brasileiro, mas com bem menos gordura, pois não leva queijo parmesão. Também é um pãozinho bastante versátil para quem tem problemas com a lactose ou  com o gluten. Ideal para os veganos, pois também não leva ovos. Para 12 pães, de 50 g cada um, são precisos: 350 g de batata-doce (abóbora ou inhame) desfeitos em puré; 130 g de polvilho doce; 70 g de polvilho azedo; 55 g de azeite de oliva; 20 g de sem

Quibe de batata-doce e quinoa

O Kibbeh ou Quibe (como seria a grafia em português) é um prato ordinário no médio oriente. Normalmente confeccionado com carne de borrego, menta picada, cebola e bulgur (um tipo de trigo), pode ser servido de inúmeras maneiras. Ontem, procurando por receitas novas e rápidas para preparar para o meu almoço, deparei-me com uma versão vegetariana de Quibe de abóbora e quinoa e resolvi reinterpretá-la, como é do meu feitio.  No lugar da abóbora eu coloquei batata-doce e, em vez de quinoa branca, eu usei quinoa vermelha. Esta receita é bem prática e leva apenas uns 10 minutos a preparar, desde que, como eu, você tenha sempre quinoa cozinha no frigorífico. Facilita-nos muito a vida. Do contrário, será necessário despender mais uns 20 minutos, que é o tempo de cozedura da quinoa. Para uma dose individual (se for fazer familiar, basta aumentar na proporção), eu usei os seguintes ingredientes: 1 batata-doce de polpa laranja (pequena); 4 colheres de sobremesa de quinoa vermelha cozida;