Avançar para o conteúdo principal

Polenta com cogumelos

Ainda inspirada pela cozinha de Yotam Ottolenghi, hoje revisitei um prato que eu costumava comer muitas vezes quando era criança, no Brasil: a Polenta. A minha avó materna já cozinhava esta típica comida do norte da Itália e a fazia acompanhar com frango ao molho. Mas, cá em casa, quando há muita carne no fim de semana, eu procuro fazer um prato vegetariano nos dois ou três dias seguintes. E, por isso,eu fui buscar e adaptar esta receita do Ottolenghi, que escreveu durante muito tempo uma coluna no jornal inglês The Guardian sobre a comida vegetariana. Tal como eu, Ottolenghi não é vegetariano e se permite usar queijos, leites e ovos em seus pratos. Assim, a polenta de hoje leva queijo parmesão e manteiga. Mas, no lugar da carne, são os cogumelos que servem de acompanhamento. Tive alguns problemas em "desempelotar" a polenta durante a cozedura, mas isto é porque, muitas vezes, eu complico coisas que são absolutamente fáceis. Usei farinha de milho para fazer a polenta e estive uns 40 minutos a mexer aquela papa até que ganhasse a consistência desejada. Se tivesse optado pela polenta instantânea, vendida em qualquer grande superfície, teria tudo resolvido em 5 minutos. Para fazer a polenta para duas pessoas, foram para a panela:

600 ml de água; 100 g de farinha de milho e um quadradinho de caldo de legumes. Fervi a água com o caldo. Quando levantou fervura, mexi até que a papa começasse a descolar dos lados da panela. Depois de pronta, acrescentei uma noz de manteiga e 60g de queijo parmesão ralado na hora.

À parte, fritei 350 g de cogumelos marrom frescos em três colheres de sopa de azeite. Quando estes estavam quase prontos, juntei uma colher de sobremesa de tomilho, igual medida de estragão, dois dentes de alho esmagados, uma colher de chá de óleo de sementes de uva com trufas negras (opcional), uma colher de sopa de salsa, sal e pimenta q.b. Deixei cozer até secar a água que havia sido libertada pelo cogumelo. Só me arrependo de uma coisa: não ter feito um pouco mais de polenta para fritar no dia seguinte.

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Creme de ervilha e couve-flor

Numa segunda-feira normal eu nunca faria sopa ou qualquer outro caldo quente ao almoço. Almoço sempre sozinha, por isso, as minhas refeições ao almoço costumam ser rápidas. Adoro legumes e hortaliças, mas prefiro-os crus (e, desde que comprei um espiralizador, ando a espiralizar tudo o que encontro rs). Quanto à sopa, tenho a noção, talvez errada, de que demora imenso tempo a preparar, mesmo quando posso contar com uma robô de cozinha que quase a faz por mim.  Mas hoje foi um dia especial: segunda-feira de Páscoa. E o que isto tem a ver com a sopa? Diretamente, nada.  Na verdade, a segunda-feira de Páscoa, para mim, ainda soa um bocado estranho. Não duvido que seja porque em algumas aldeias, cá em Portugal, ainda seja preciso esperar pelo compasso às segundas. Embora tenha a noção de que, desde que cá vim morar, há mais de 10 anos, esta tradição tenha vindo a diminuir.  De qualquer forma, com ou sem compasso, na segunda-feira após a Páscoa ainda não há aulas. E os mi...

Salmão com crosta de broa de milho

Eu não consigo eleger uma comida preferida, mas o salmão é, de longe, o peixe que eu mais aprecio. Hoje eu preparei lombos de salmão com crosta de pão, mais especificamente a broa de milho. Parece que está na moda, no mundo da culinária caseira, a utilização de Panko, um tipo de pão japonês que não deixa nenhuma crosta de pão ficar mal. Mas eu sou bem avessa à moda e, por isso, eu usei broa de milho para preparar a minha. Usar a crosta é uma boa forma de conservar a humidade do salmão no forno. E, mais do que isso, evitar reclamações de que o peixe ficou seco. Para fazer a crosta eu usei: 250 g de broa de milho; Duas colheres (sopa) de salsa; Um dente de alho; 30 ml de azeite; Raspas de casca de limão; Uma pitada de sal; Para o salmão: 1 k de salmão (três lombos grandes); 3 colheres (sobremesa) de mostarda biológica; sal q.b.; pimenta-preta moída na hora q.b. crosta de broa até cobrir o salmão; Não encontrei nenhuma dificuldade na preparação. É o sa...

7 dicas para cozinhar com repolho-roxo

O repolho-roxo ou couve-roxa é um alimento saudável e, quando bem preparado, rende pratos bastante saborosos e pouco calóricos. Fica muito bem quando combinado com maçãs, seu parceiro natural, mas também com batatas e como acompanhamento de carne de porco. Existem muitas receitas nas quais a couve-roxa é estrela. Selecionei algumas dicas, da página Good Food, da cadeia inglesa de comunicação BBC, para poder aproveitar o melhor deste alimento. 1. Ao escolher o repolho/couve, prefira aquele que sentir mais pesado, brilhante e com folhas nítidas; 2. Evitar os que tiveram já a camada superior removida; 3. Ao preparar, corte o repolho/couve em quartos, retire a parte mais dura do meio, corte em tiras e lave-as bem; 4.Se o for cozer, adicione vinagre vermelho à água da cozedura para manter a cor roxa vibrante do alimento; 5. Não coza demasiado; 6. Não utilize muito vinagre para o temperar, pode saber muito a picles. 7. Prefira comê-lo cru, em saladas, para aproveitar melhor seus n...